domingo, 11 de junho de 2017

Proposta III- Memória Descritiva

Introdução

A presente memória descritiva foi realizada no âmbito da Unidade Curricular de Design e Comunicação Visual, da licenciatura de Ciências da Comunicação: Jornalismo, Assessoria e Multimédia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Este último projeto consistiu na elaboração de uma infografia. Nesse sentido, a proposta encontra-se dividida em quatro fases essenciais. Numa primeira fase, foi elaborada toda a componente teórica onde foi executada uma análise bibliográfica detalhada e minuciosa. Seguidamente, iniciámos um processo de recolha e seleção das principais imagens (principalmente infografias) que se assumiram como modelos de inspiração. Numa terceira fase, procedemos a uma recolha, seleção e análise dos principais dados a serem, posteriormente, integrados no projeto. E, em última instância, iniciámos a construção da infografia, recorrendo ao programa Adobe Illustrator. No que diz respeito à estrutura da presente Memória Descritiva, optou-se, num primeiro momento, por expor a componente teórica do projeto. Em seguida, foram apresentadas as razões que estiveram na origem da escolha do tema, bem como algumas infografias que nos auxiliaram no processo de idealização do nosso projeto. É de salientar que estes dois tópicos foram inseridos na fase pré-produção. Posteriormente, fundamentámos e argumentamos sobre todas as opções tomadas, ao nível da infografia, na concretização gráfica e visual da proposta. Por fim, foi elaborada uma conclusão, na qual são indicadas as principais dificuldades encontradas durante o processo de elaboração do projeto, assim como, a nossa perspetiva sobre o trabalho alcançado.

Perspetiva Teórica

(anteriormente postada neste blog)

Fase de Pré- Produção

A fase pré-produção faz referência a todo o processo de inspiração, assim como de recolha de informação, isto é, trata-se de todo o processo precedente ao momento de concretização propriamente dito. Nesta fase ficou decidido o tema da infografia, os dados a serem inseridos, bem como, foi feita uma recolha de imagens de inspiração.

Escolha do Tema

O tema tratado pela nossa infografia é a saúde mental. Uma questão “tabu” para a sociedade do século XXI, que se afirma tão moderna e atual, porém ainda visiona este tema com um certo preconceito. Como estudantes de jornalismo, sabemos que o propósito de um jornalista passa por apresentar a verdade dos factos, bem como, por expor realidades que, muitos vezes, passam despercebidas ou então são omitidas aos olhos da opinião pública. A saúde mental e as doenças do foro psicológico são um desses casos. Apesar dos estudos mostrarem constantemente que as doenças mentais são uma realidade cada vez mais notória e para a qual à solução, ainda há quem prefira esconder ou afirmar a inexistência das mesmas. Falar sobre isto é a melhor forma encontrada para derrubar o estigma e, é este o propósito da nossa infografia. Quebrar barreiras e informar as pessoas sobre a dimensão do problema são as finalidades que pretendemos concretizar. Em suma, a complexidade do tema e a desvalorização que o mesmo é alvo sistematicamente foram os motivos que impulsionaram à escolha desta temática.

Material de Inspiração Recolhido

(anteriormente postado neste blog)

Infografia Jornalística e Interpretação



Antes de mais, tornou-se fundamental referir que a infografia se encontra dividida em dois momentos: num primeiro momento, foram apresentados dados referentes a Portugal; enquanto que, num segundo momento, estão dispostos dados estatísticos referentes à população europeia e mundial. Tal ordenação da informação tem como finalidade promover uma melhor organização e, simultaneamente, um maior encadeamento dos dados. Iniciando agora uma análise detalhada e pormenorizada das opções gráficas e visuais tomadas, importa destacar que:

  1. O cérebro foi o elemento visual eleito como imagem primordial da infografia. Tal escolha prende-se pelo facto do mesmo ser habitualmente reconhecido como o ícone principal associado à saúde mental. Ou seja, assim como é estabelecida a ligação do coração com problemas cardiovasculares, também é estabelecida uma relação entre o cérebro e as doenças do foro mental.
  2. “Let’s Talk” foi o título atribuído à nossa infografia visto que transmite na perfeição os propósitos vinculados ao nosso projeto: “falar sobre” sobre a saúde mental e derrubar o estigma. Optou-se por ingressar uma citação sobre o tema de forma a contextualizar e a introduzir o observador na dinâmica da infografia, assim como, sintetizar a mensagem da mesma. A frase selecionada foi proferida por Bill Cliton - “Mental illness is nothing to be ashamed of, but stigma and bias shame us all”.
  3. O 1º dado afirma que “Portugal é o país da Europa com maior taxa de depressão”. Considerou-se pertinente ser introduzido este dado como primeiro dado pelo facto de ser uma informação objetiva e direta. Em termos visuais, optou-se por utilizar como símbolo gráfico uma medalha que remetia, inevitavelmente, para o dado.
  4. No 2º dado – “1/3 da população portuguesa sofre de depressão” – a palavra “depressão” foi substituída por elementos visuais como a nuvem cinzenta e um trovão. Tal representação é explicável pela frequente associação destes elementos com as emoções experienciadas durante a depressão como: a tristeza, a angústia, o desânimo, a desmotivação e a frustração. Evidenciase, ainda, que se optou por inserir ícones do sexo masculino de forma a simplificar a linguagem na medida em que os três ícones ilustram a informação “1/3 da população portuguesa”.
  5. No 3º dado – ¼ portugueses sofre de ansiedade – importa destacar que o mesmo foi alvo de uma abordagem simplista e semelhante ao do dado anterior.
  6. O 4º dado constitui um gráfico referente ao número de suicídios em Portugal Continental entre o período de 2010 e 2014. Como se pode constatar, esta realidade tem vindo a aumentar com o passar do tempo. Em termos visuais, considerou-se oportuno colocar os dados num gráfico de forma a promover uma melhor visualização da informação e, consequentemente, facilitar a apreensão e análise da mesma.
  7. Quanto ao 5º dado, este trata-se de um conjunto de dois mapas de Portugal que procuram comparar a taxa de suicídio entre homens e mulheres no país. O gráfico da esquerda refere-se ao sexo feminino e o da direita ao sexo masculino. De forma a facilitar a leitura do dado, definiu-se que quanto maior fosse a taxa de suicido na região em causa, maior seria a tonalidade da cor. Deste modo, tal como é percetível, em ambos os sexos, o Alentejo é a região com maior taxa de suicídio, seguindo-se o Algarve.
  8. No 6º dado, optou-se por utilizar ícones distintivos do sexo masculino e feminino de forma a reforçar a distinção que pretendíamos. Assim, neste dado mostramos que, apesar de ser o sexo masculino quem detém uma maior taxa de suicídio em Portugal, são as mulheres que sofre em maior número de problemas relacionados com a saúde mental e que, por sua vez, toma mais fármacos relacionados com essas doenças (antidepressivos, etc.);
  9. No 7º dado, foi desenhada uma senhora idosa uma vez que se pretende demonstrar que é a faixa etária acima dos 65 anos que tende a ser mais afetada por doenças mentais. Para além disso, importa referir que, apesar de não estar mencionado na infografia, é na idade idosa que, em Portugal, se verifica a taxa de suicídio mais elevada.
  10. O 8º dado como aborda o consumo de fármacos associados a estas doenças, optou-se por desenhar uma caixa de medicamentos com o propósito de fornecer ao leitor, enquanto visualizador da informação, uma noção mais rápida e eficaz daquilo a ser tratado.
  11. O 9ºdado faz referência ao número aproximado de pessoas (322 milhões) que estão diagnosticados com depressão no mundo inteiro. Optou-se, assim, por colocar a informação em torno do mundo. É de referir que foi posto em prática neste dado uma das técnicas ensinadas ao longo deste semestre – a tipografia – visto que o contorno do mundo foi substituído com a informação.
  12. No 10º dado, com a finalidade de facilitar a leitura do observador e, assim, imprimir um maior dinamismo ao dado, diversas palavras foram substituídas por elementos visuais. Esta técnica aplicada designa-se por frases com imagens pictográficas.
  13. Por fim, o 11º dado consiste num mapa da Europa que apresenta informações sobre a taxa de suicídio nos países da União Europeia, em 2012. Neste gráfico optou-se, mais uma vez, por fazer um gradiente de cores de modo a destacar os diferentes graus de suicídio nos vários países. Posto isto, as cores mais escuras e fortes rementem para países como a Lituânia e a Hungria, os países cuja taxa de suicídio é maior, e cores mais claras e suaves encontram-se na Grécia, na medida em que é o país onde a taxa de suicídio é menor.

Cor

Quanto à cor, optou-se por tonalidade mais neutras e por uma paleta de cores bastante reduzida. Isto deveu-se, sobretudo, ao facto de a infografia e a leitura da visualização de informação exigir simplicidade para que os dados sejam devidamente apreendidos e a informação ocupe um lugar acima da estética. Para além disso, o próprio tema exigia esta seriedade no trabalho, não devendo, por isso, ser representado com cortes vivas e diversificadas. O azul, presente em todos os elementos visuais, constituiu a nossa escolha na medida em que respeita todos os princípios anteriores e se associa, genericamente, à saúde.

Conclusão e Discussão do Resultado Final

Antes de mais, enfatizámos o nosso agrado com o trabalho concretizado. No nosso entender, finalizamos a nossa viagem pelo mundo do Design “em beleza”, com um sentimento de “missão cumprida” e satisfeitas com trabalho alcançado. Sempre pensámos que este último projeto – infografia -, seria o mais difícil e complicado, no entanto revelou ser o mais acessível e prazeroso. Deste modo, destacamos dois fatores que considerámos que foram determinantes para o sucesso do trabalho: em primeiro lugar, a concordância imediata com o tema e a vontade “jornalística” de retratar algo tão ignorado na sociedade portuguesa imperou e contribuiu, assim, para o êxito do projeto; em segundo lugar, a distribuição coerente de tarefas que culminou numa organização estruturada. Como se pode constatar: numa primeira fase, optámos por desenhar todos os dados numa folha, consistindo numa etapa de exploração essencial para a construção do projeto na medida em que permitiu que cada elemento contribuísse com as suas ideias; posteriormente, foi atribuída a cada elemento a realização no Illustrator de um x números de dados. E, por fim, após a concretização de todas estas etapas, partimos para a idealização do projeto final, onde em conjunto deliberamos sobre a paleta de cores a ser empregue, o tipo de letras a ser utilizado, entre outros aspetos. Ou seja, como se pode comprovar todos estes procedimentos permitiram um envolvimento total dos elementos o que, consequentemente, incutiu um maior sentido de disciplina no trabalho.
Porém, também nos debatemos com alguns contratempos. É de salientar que durante a fase de construção tivemos dificuldades na escolha do tipo de cores a serem utilizadas, bem como, no fundo que iriamos aplicar na medida em que este último projeto se dissocia muito dos anteriores. Por exemplo, enquanto nos últimos, optámos por utilizar cores vibrantes e diversificadas. Este, dada a seriedade do tema, implicou uma abordagem completamente diferente e, foi neste sentido, que nos debatemos com mais dificuldades. Ultrapassadas as dificuldades importa reforçar que finalizámos este projeto conscientes da importância da infografia jornalística no campo da comunicação uma vez que proporciona uma simplificação da informação e, por conseguinte, uma exequível interpretação e análise dos dados por parte dos leitores.

Bibliografia

  1. Mesquita, Francisco (2014) “Comunicação Visual, Design e Publicidade”, Editora media XXI, Lisboa
  2. Cairo, Alberto (2008) “Infografía 2.0: visualización interactiva de información en prensa”, Alamut, Madrid
  3. Peltzer, Gilles (1991) “Jornalismo Iconográfico”, Edições 70 Arte & Comunicação, Lisboa
  4. Smiciklas, Mark (2014) “the Power of Infographics”, QUE, United States of America


Netgrafia

https://pt.slideshare.net/tattianat/histria-da-infografia-jornalstica-fundamentos

Rodrigues, Kelly De Conti e Biernath, Carlos Alberto Garcia (2015) “História da infografia: da mera ilustração à valorização narrativa”, São Paulo, in: http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:tk7pkAeN2ZkJ:www.uf rgs.br/alcar/encontros-nacionais-1/encontros-nacionais/10o-encontro-2015/gthistoria-da-midia-audiovisual-e-visual/historia-da-infografia-da-mera-ilustracaoa-valorizacao-narrativa/at_download/file+&cd=2&hl=pt-PT&ct=clnk&gl=pt


Proposta III - Infografia Jornalística



domingo, 21 de maio de 2017

Dados a inserir na infografia

Para que fique claro e percetível para futura visualização, deixamos aqui os dados que constarão na nossa infografia.

A depressão afeta 322 milhões de pessoas no mundo, in http://g1.globo.com/bemestar/noticia/depressao-cresce-no-mundo-segundo-oms-brasil-tem-maior-prevalencia-da-america-latina.ghtml

Um terço da população portuguesa sofre de ansiedade ou depressão, in https://www.publico.pt/2016/11/25/sociedade/noticia/saude-mental-piorou-com-a-crise-um-em-cada-tres-portugueses-tem-problemas-1752456

Em 2008, a prevalência de doenças mentais na população portuguesa era de 19,8% e, em 2015, este valor disparou para 31,2%, in https://www.publico.pt/2016/11/25/sociedade/noticia/saude-mental-piorou-com-a-crise-um-em-cada-tres-portugueses-tem-problemas-1752456

Cerca de 40% das pessoas com problemas de saúde mental não têm dinheiro suficiente para pagar as despesas, in https://www.publico.pt/2016/11/25/sociedade/noticia/saude-mental-piorou-com-a-crise-um-em-cada-tres-portugueses-tem-problemas-1752456

os idosos tendem sempre a ser mais afetados pelas doenças mentais, in https://www.publico.pt/2016/11/25/sociedade/noticia/saude-mental-piorou-com-a-crise-um-em-cada-tres-portugueses-tem-problemas-1752456

A prevalência das doenças mentais e o consumo de fármacos continua a ser muito maior entre as mulheres, mas desta vez encontrou-se um “aumento particularmente elevado no consumo por parte dos homens”, in https://www.publico.pt/2016/11/25/sociedade/noticia/saude-mental-piorou-com-a-crise-um-em-cada-tres-portugueses-tem-problemas-1752456

Em 2014, os portugueses consumiram 91.496.345 doses diárias de alprazolam  in https://www.publico.pt/2016/03/24/sociedade/noticia/portugal-tem-uma-taxa-baixa-de-suicidios-se-calhar-ja-nao-1727072

Portugal é o país da Europa com maior taxa de depressão

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INSPIRAÇÃO INFOGRÁFICA
















quinta-feira, 11 de maio de 2017

Campos de atuação da infografia

O jornalismo impresso, devido à grande quantidade de jornais, às elevadas tiragens e à sua aceitação e acessibilidade por parte da população em geral foi e é, sem duvida, o grande campo de atuação deste tipo de trabalhos. Chegando a um número elevado de pessoas, a infografia ganhou grande visibilidade e notoriedade.

Ainda assim, com o evoluir dos tempos, o campo de atuação da infografia expandiu-se para praticamente todos os campos do saber. Neste sentido, passou a ser, hoje, “um recurso importante na comunicação (Publicidade, Marketing e Relações Públicas), mas também (…) na ciência, na educação, na economia, no desporto e em muitas outras áreas” (Mesquita, 2014: 111).

Para além disso, importa ainda referir que nem todas as infografias são impressas. A infografia interativa, por exemplo, “caracterizada pelo relacionamento, interatividade e não linearidade, está cada vez mais disponível nos meios online” (Mesquita, 2014: 111). 

Tipos de Infografia

Infografia comparativa

Infografias cujos dados são devidamente apresentados e comparados entre si de modo a que, através destes pontos de comparação, seja possível transmitir o máximo de informação para o destinatário da infografia.
Exemplos de boas infografias comparativas são aquelas que são realizadas aquando das eleições presidenciais.

Infografia documental

Segundo Mesquita (2014), “as infografias documentais descrevem visualmente um determinado acontecimento” ou um conjunto de vários, combinando, muito frequentemente, dados históricos ou pesquisas elaboradas.

Infografia cénica

Infografias que se reportam a um local e uma ação em específico. Estas representam um olhar distanciado por parte de um hipotético observador que observa e descreve minuciosamente aquilo que vê, menosprezando o texto massudo e focando-se mais nas unidades da infografia.

As unidades e os códigos da infografia

As unidades da infografia


Os códigos visuais da infografia

Os elementos textuais e icónicos anteriormente apresentados são a chave para a construção dos códigos visuais da infografia. Seguindo a tipologia estabelecida por Peltzer (1992: 121-150), destacaremos, então, sete grupos principais. É o conjunto e a combinação destes elementos num mesmo panorama que gerará a infografia.

  • Gráficos

Tratam-se de “representações visuais com uma correspondência entre uma ou mais variáveis” (Mesquita, 2014: 104). Podem apresentar-se sobre a forma de diagramas, organigramas ou então os tradicionais gráficos circular, ortogonal e verbogramas.

  • Infográficos ou Infogramas

São as “unidades visuais elementares que se encontram em infografias mais complexas” (Mesquita, 2014: 105). Apesar de se lhes ser dotada alguma complexidade, a sua informação própria não é consistente e contextualizada o suficiente para surgir de forma autónoma.
Valero Sancho (in Ribeiro, 2008: 57) afirma que "os infogramas distinguem-se da infografia na medida em que não costumam ter títulos nem textos destacados que não sejam os que são próprios da explicação ou dos rótulos; por isso, não têm carácter autónomo, não se entendem isoladamente e encontram-se, sobretudo nas infografias complexas (…) Os infogramas (…) são apoios significativos (…) dão informações elementares de forma gráfica, localizada na zona da infografia".

  • Mapas
Tratam-se de representações geográficas do mapa mundo ou de uma localização em específico. 

  • Símbolos
Segundo a definição de Mesquita (2014), baseando-se em estudos de Peltzer (1992) símbolos, ícones e emblemas são “representações de objetos, coisas, pessoas, animais, (…) por meio de silhuetas, desenhos ou figuras, que representam erga omnes o que significam” (Mesquita, 2014: 106), fazendo uso de uma linguagem comumente reconhecida e capaz de ser compreendida pelo público leitor.

  • Ilustrações

Peltzer (1992) subdivide este código visual infográfico em quatro categorias distintas:
  1. Retrato: “representação gráfica da pessoa ou coisa determinada” (Mesquita, 2014: 106)
  2. Humor gráfico: “caso em que se dá com maior pureza a linguagem visual”
  3. Humor gráfico editorial/ cartoon
  4. Caricatura: uma espécie de opinião, na medida em que traduz um parecer e uma identificação com o representado por parte do artista

  • Comics

Conhecida por nós como banda desenhada.

  • Iconografia Animada 

“Infografia Estetizante frente a Infografia Analítica” (Alberto Cairo, 2008)

Alberto Cairo, baseando-se em estudos de Horn (2000), destaca o confronto constante que existe entre desenhadores gráficos e comunicadores. Na perspetiva dos autores, enquanto os desenhadores gráficos aprendem a valorizar o sentido estético, a novidade, o impacto e a expressão, os profissionais de comunicação aprendem a valorizar a necessidade do ser claro, preciso, legível, compreensível e simples. Neste sentido, um desfasamento surge no processo de tomada de decisão quanto à função prática da imagem. Se os primeiros valorizam o estético, os segundos valorizam o conteúdo e a necessidade de este ser claro. É um confronto entre o interativo e o informativo.
Posto isto, emerge referir:
  • A infografia estetizante é aquela que valoriza os aspetos da apresentação e o peso visual daquilo que é gráfico. Neste tipo de infografia, apesar de o carácter informativo ser importante, acontece frequentemente que os elementos estéticos obstaculizem a compreensão da estória.
  • A infografia analítica já evidencia um maior rigor de informação. Com a admissão de cada vez mais profissionais especializados nas redações surgiu este novo tipo de infografia que “incrementa la capacidade cognitiva de los lectores por medio de la revelación de evidencia, de mostrar aquello que permanece oculto, ya sea tras un conjunto caótico de datos, un una lista de número, o en un objeto cuya estrutura interna es excessivamente compleja” (Cairo, 2008: 29). Neste tipo de trabalhos, a dimensão estética fica para segundo plano e é uma consequência da qualidade e claridade da informação.
Apesar desta divisão, Alberto Cairo afirma que estes são dois conceitos teóricos e que é arriscado aplicá-los de forma direta a trabalhos concretos ou a meios de comunicação específicos.

A Infografia não é ilustração e não é visualização de informação


  • A infografia não é ilustração

Como foi anteriormente definido, a infografia é um representação clara e objetiva de dados reais, cuja eficácia depende da sua simplicidade e carácter informativo. Posto isto, e num campo totalmente oposto, está a ilustração.
A ilustração procura substituir a objetividade pela subjetividade, dando uma margem maior ao artista de colocar o seu cunho e de a alterar com base na sua sensibilidade e interpretação do tema em causa.
Assim, a diferença destaca-se: mais do que decorar ou servir de complemento a um texto, tal como acontece na ilustração, a infografia tem como objetivo substituir esse mesmo texto, fornecendo ao seu observador uma informação tão detalhada como aquela que ele obteria com se o texto e a informação escrita lá estivesse.


  • A infografia não é visualização de informação

Um tipo de erro comummente verificado é a utilização dos termos “visualização de informação” e “infografia” referindo-se ao mesmo conceito. Alguns autores como Alberto Cairo, por exemplo, assumem mesmo esta teoria.
No entanto, há que destacar a principal diferença. Enquanto visualização da informação se trata do processo de “presentación diagramática de datos, de su transformación visual en información, para facilitar su comprensión, y bebe de las artes y técnicas de la comunicação gráfica”, a infografia trata-se do aglutinar de vários elementos de visualização de informação.
Em termos práticos, enquanto visualização de informação é apenas uma unidade (um gráfico, um mapa, uma ilustração, etc.), uma infografia é o conjunto de várias unidades diferentes combinando, por exemplo, um gráfico, um mapa, e uma ilustração no mesmo panorama, no mesmo documento.

A Infografia - Definições, história e característica

“Infografia” deriva da palavra anglo-saxónica “infographics” que, por sua vez, derivou da expressão “graphic information”. Esta tornou-se viral desde a informatização das redações jornalísticas dos finais dos anos 80 e inícios dos anos 90 do século passado, na sequência da necessidade de tornar os jornais mais apelativos. Apesar da sua generalização aquando da difusão do computador, “as suas origens remontam a tempos muito recuados, podendo até indicar-se a pré-história como sendo a época do seu nascimento”. (Mesquita, 2014: 99) Nesta época, “we have been using icons, graphics, and pictures throughout history to tell stories, share information, and build knowledge” (Mark Smiciklas, 2014: 6).
Apesar da dificuldade em encontrar uma definição suficientemente forte, ampla e rigorosa que elucide de forma explícita o que é realmente uma infografia, é possível afirmar-se que, para além de se tratar de uma “representación diagramática de datos” (Cairo, 2008: 21), a infografia se refere a todo o processo de “combinação de desenhos com textos que se expressa numa linguagem visual” (Mesquita, 2014: 102) organizada. Valero Sancho define a infografia de uma forma mais extensa, dizendo que se trata de uma
“aportación informativa, elaborada en el periódico escrito, realizada com elementos icónicos y tipográficos, que permite o facilita la comprensión de los acontecimentos, acciones o cosas da actualidad o algunos de sus aspectos más significativos y acompanha o sustituye al texto informativo”
Denotando o detalhe desta afirmação, mas reconhecendo-lhe algumas falhas, Alberto Cairo revela que, para que se possa definir uma infografia como tal não é necessário que esta se encontre publicada num jornal ou que contenha elementos tipográficos.
Já Mark Smiciklas afirma que a infografia “is a type of picture that blends data with design, helping individuals and organizations concisely communicate messages to their audience” (Smiciklas, 2014: 3).
Posto isto, torna-se emergente destacar que uma composição infográfica se resume, em primeiro plano, à existência de um diagrama, uma “representación abstracta de una realidad” onde a imagem se sobrepõe ao carácter massudo do texto.
Sendo o carácter tipográfico reduzido ou até mesmo inexistente, importa encontrar estratégias de modo a que o destinatário compreenda a informação de forma clara e dinâmica. Para isso, a infografia não deve ser executada “de uma forma muito elaborada aos nossos olhos, mas num registo adequado aos objetivos” (Mesquita, 2014: 99) do texto, da mensagem, de quem a produz e a quem ela se destina.
Em suma, é fulcral que, no momento de construção, se tenha consciência de que, mais do que um sentido estético, “a infografia tem um carácter profundo de utilidade e contém características visuais” (Mesquita, 2014: 102) que se debruçam sobre a realidade e sobre “dados frios” (Cairo, 2008) o que obriga uma representação clara, descomplexada e percetível.

Francisco Mesquita (2014) no seu livro “Comunicação Visual, Design e Publicidade” elencou as seguintes características infográficas:


Terceira Proposta

A segunda proposta está terminada e avizinha-se a data de entrega do terceiro (e último) projeto.
Para terminar em grande, vamos partir para a realização de uma infografia, detalhada, minuciosa e que alie o sentido estético ao rigor da informação. Nesse sentido, focar-nos-emos em representar os dados com a máxima de clareza de modo a que todos os possíveis visualizadores compreendam o que está a ser descrito e que, com isso, se tornem mais informados sobre o tema.
E por falar em tema, é isso o que nos resta referir! Desta vez, vamos analisar documentos que forneçam dados sobre doenças associadas à saúde mental (depressão, ansiedade, etc.) e as consequências das mesmas (tomada de antidepressivos, suicídio, etc.).
Em suma, importa pegar em dados reais, analisá-los e representá-los da forma mais eficaz possível.
Como sempre, a primeira fase do nosso trabalho consistirá num processo de análise bibliográfica de modo a que seja possível perceber os conceitos, passando depois, numa segunda fase, para um processo de recolha de imagens de inspiração. Numa terceira fase, passaremos ao processo de recolha, seleção e análise de dados. Em quarto lugar, passar-se-á à execução do projeto recorrendo a programas como o Adobe Illustrator e, por último, desenvolver-se-á uma memória descritiva onde estará explícito todo o processo de realização da proposta.
Esperamos ser eficazes e acabar em grande a nossa viagem pelo mundo do Design e da Comunicação Visual.

“Também a informação gráfica pode ser tratada como uma arte informativa com ligações entre o plástico e o literário”

Gonzalo Peltzer

terça-feira, 11 de abril de 2017

Memória Descritiva

Introdução

A presente memória descritiva foi realizada no âmbito da Unidade Curricular Design e Comunicação Visual, da licenciatura de Ciências da Comunicação: Jornalismo, Assessoria e Multimédia.  
Esta proposta introduziu um novo desafio: a tipografia. Nesse sentido, antes mesmo de iniciarmos o projeto prático, partimos para uma análise pormenorizada e detalhada da contextualização teórica, onde procurámos definir e aplicar o conceito chave de composição gráfica e composição tipográfica, assim como, consciencializarmo-nos acerca da anatomia e simbologia da letra enquanto linguagem capaz de transmitir significado e evocar emoções para além das palavras faladas.  
Deste modo, entende-se por composição gráfica como o processo de projetar, selecionar e organizar um conjunto de elementos visuais com vista a produzir uma composição gráfica com uma determinada mensagem. Por sua vez, designa-se por composição tipográfica como o processo de criação na composição de um texto, no qual a escolha das fontes, das cores e das técnicas constituem etapas imprescindíveis à definição do caráter e estilo da composição.  
Ressaltámos, assim, que ambos os conceitos se complementam visto que um projeto para ser bem sucedido necessita de uma associação coerente entre o tipo de letra selecionado e a disposição dos elementos visuais.  
Desta maneira, propusemo-nos a elaborar uma composição visual tipográfica que demonstre a aquisição e a compreensão total dos conceitos abordados. Para tal, numa 1ª fase, selecionámos um texto, neste caso, uma música que considerámos de todo atual face aos desafios mundiais do século XXI.  
O tema “Where is the Love?”, dos Black Eyes Peas foi a nossa escolha, pelo facto de ser uma música que reúne em si a intemporalidade e a atualidade que procurávamos. Apesar da escolha da música, faltavanos selecionar o elemento(s) visual(ais) que seriam integrados na nossa composição. Após uma pesquisa intensiva onde procurávamos fotografias que retratassem os conflitos internacionais e as consequências nefastas dos mesmos (como morte, dor, etc), selecionámos a imagem de uma criança visivelmente debilitada e num sofrimento interminável.  
Posto isto, partimos para a composição do nosso projeto, com a máxima que “uma imagem vale mais que 1000 palavras”, sem nunca desvalorizando, por completo, o poder das palavras. Assim, preenchemos o interior da imagem com as frases mais icónicas e os excertos mais chamativos, utilizando diferentes fontes, tamanhos e cores.  
Destacámos, por fim, o nosso propósito de aprofundar os nossos conhecimentos nesta área do saber, bem como, compreender que a letra é mais do que um elemento estético: tem significado, sentido e gera sentimentos através do trespasse de mensagens. E, neste sentido, ressaltámos o nosso objetivo final de criar um projeto com um sentido estético e simbólico, que apele à consciência humana.   


Fase Pré Produção

A fase pré-produção faz referência a todo o processo de inspiração, assim como de recolha de informação, isto é, trata-se de todo o processo precedente ao momento de concretização propriamente dito. Nesta fase ficou decidido o tema da composição, escolheu-se o texto e foi feita uma recolha de imagens de inspiração. Posto isto, alinhavou-se a composição tipográfica, e passou-se à fase seguinte. 
Procurando sempre ser fiel ao texto e à mensagem por ele emitida, ficou decidido compor, através da disposição de letras e outros caracteres tipográficos, uma criança vítima do tema em questão, de modo a gerar um trabalho coerente mas também simbólico.

      Escolha do Texto

Perante a iminência da escolha de um texto para servir como base da composição tipográfica, várias ideias foram surgindo. Ainda assim, após algum debate, decidimos optar por um texto com uma intervenção social de forma a que também o nosso projeto final se tornasse uma composição visual tipográfica com uma mensagem a transmitir. 
Perante este propósito, o texto da música “Where is the love?” dos Black Eyed Peas foi a nossa escolha. Tratando-se de uma música do ano de 2009, achamos curioso o facto de, ainda hoje, e cada vez mais, se perpetuarem lutas do mesmo cariz. 
Assim sendo, procuraremos, através da escrita de várias expressões e palavras chave, demonstrar o terror associado ao terrorismo e fazer com a que as pessoas se questionem “onde está o amor?” 

      

      O Material de Inspiração Recolhido











Composição Visual e Respetiva Interpretação





Dado como finalizado o processo de recolha de material que serviria como suporte de inspiração, debruçamos a nossa atenção para a construção da composição tipográfica.  
Tendo já estabelecido o elemento gráfico (a criança) a ser empregue na composição, e o texto (“Where is the Love?”) a ser aplicado, faltava, exclusivamente, estabelecer o conceito e os propósitos da nossa tipografia.  
Deste modo, considerámos que esta surge como uma campanha de sensibilização para as consequências resultantes do ódio e da intolerância do ser humano. Todos os dias, somos constantemente bombardeados com notícias que nos dão ocorrência das mais diversas atrocidades cometidas pelo Homem. As Guerras são uma realidade bastante notória, o terrorismo cresce a uma velocidade exacerbada e tudo isto causado pelo desejo desenfreado por poder e pela incompreensão das crenças individuais de cada um.  
Assim, estabelecido o nosso objetivo, selecionámos a imagem de uma criança indefesa e inocente como forma de despertar a atenção do público e, assim, transmitir com clareza o teor da nossa mensagem. Desta maneira, ao apelar ao lado emocional de cada um, procurámos despoletar sentimentos de compaixão e empatia, que conduzissem o público a períodos de reflexão e introspeção.  
No entanto, é de ressaltar que a própria postura da criança, ou seja, a sua coragem e audácia, visível no olhar direto, firme e, quase, intimidante, que a mesma estabelece com o observador, foi um dos fatores que nos levou a integrá-la na nossa proposta tipográfica. 

      Etapas Fundamentais na Construção da Composição

Letra
Iniciamos o processo de composição com a escolha das fontes a ser empregues. Desta maneira, selecionámos fontes como Rockwell condensed Bold e Rockwell bold italic ou Prestige Elite Std Bold. As primeiras são mais visíveis na faixa que contorna a cabeça da criança, já a segunda é mais evidente no corpo da mesma.  
Partindo para uma análise pormenorizada de cada elemento, é possível afirmar que:  
  • Na faixa da cabeça, optámos por enfatizar determinadas palavras como “Terrorism”, “Drama”, “Trauma”, bem como determinados segmentos textuais como “People Killing, People dying”. No centro da faixa, selecionámos expor o título da música dada a importância do mesmo, pois reúne em si todos os pontos fulcrais da mensagem a transmitir. É de realçar que foram introduzidos, por um lado, alguns pontos de interrogação que reforçam e acentuam a perplexidade dos intérpretes face à crueldade e frieza humana, e que, por outro lado, fazem ligação com o próprio videoclip da música onde os protagonistas espalham panfletos com pontos de interrogação.
  • Na face, é possível observar que:
1. Para a construção da orelha, utilizámos de forma repetitiva o excerto “What’s wrong with the world, mama”. Salientámos que se assiste a um progressivo aumento do tamanho da letra do excerto como forma de acentuar a indignação vivida por parte dos artistas.
2. As pestanas, foram desenhadas com expressões como “gasses” e “chemical” numa clara alusão histórica ao passado (ex.: bombardeamento nucleares de Hiroshima e Nagasaki) que, infelizmente, se verificou muito recentemente no ataque químico na Síria. Deste modo, ao evidenciar estas palavras pretendemos reavivar as repercussões mortíferas deste tipo de ataques.
3. A mancha de sangue foi preenchida com os excertos “Father, Father, Father, help us/ Send some guidance from above/’Cause people got me, got me questioning/Where’s the love?”. Tal escolha prende-se pelo facto de considerarmos que os mesmos constituem as ideias-chaves de toda a música, onde os autores suplicam por orientação divina e a afirmam a sua descrença na humanidade.
  • Ao observar o corpo da criança, evidencia-se que:
1. Os contornos da camisola foram realizados com segmentos da música. Destaca-se excertos como “Nations dropping’ bombs” ou “we still got terrorista here livin’” numa clara referência ao terrorismo. Destacámos que cada letra da palavra “Terrorism” é sempre superior relativamente à anterior uma vez que procurávamos transparecer a ideia que os ataques terroristas têm vindo a aumentar e a alcançar proporções preocupantes. 
2. No excerto “Madness is what you demonstrate”, as duas últimas letras da palavra “Madness” foram substituídas por dois símbolos do dólar ($). O dólar surge, assim, associado à ganância. 
3. Por fim, salienta-se a presença de outros excertos como “Values of humanity” ou questões como “Is the World Insane?” ou até afirmações como “as I’m gettin’ older/y’all, people, gets colder” que acentuam as condenações perpetuadas pela música.

Cor
A escolha da cor é sempre uma etapa extremamente importante uma vez que a mesma é um fator determinante, que caso seja mal aplicada, condiciona a mensagem a transmitir e dificulta a compreensão do público. Neste contexto, salienta-se a preocupação tida de modo a que as cores estivessem em concordância com a mensagem que pretendemos transmitir. 
Deste modo, em termos de conjugação de cores, optámos por uma paleta abundantemente preta e vermelha, com predominância desta última, dada a sua associação a conflitos registados à escala mundial e as suas principais consequências. Aliás, é de salientar a presença de diversas manchas de sangue (de várias tonalidades) no rosto e na camisola da criança. Por sua vez, optámos, também, por utilizar o preto dada a sua associação, inevitável, à morte, ao obscuro e à solidão. 
Em suma, o processo de tomada de decisão relativo às cores a utilizar na composição tipográfica, contribuíram para a construção de uma sólida visão acerca da mensagem a transmitir. 

Conclusão e Discussão do Resultado Final

Dado por terminado o nosso projeto, podemos afirmar que o resultado final ficou como planeado e que, principalmente, conseguimos alcançar o nosso principal objetivo: aliar a racionalidade à emotividade, isto é, a missão de elaborar um projeto tipográfico coeso e visualmente apelativo, mas também a missão de elaborar um trabalho que transportasse consigo uma mensagem de cariz social e humano, inerente à atualidade. Apesar de termos consciência de que esta é uma luta bastante difícil de serenar, esta composição tipográfica tornou-se, também, um pequeno contributo e uma tentativa de sensibilização. 
Quanto ao projeto final, vários foram os desafios que emergiram desde a fase de pré-produção. Encontrar uma imagem que nos pudesse servir de “base” e de inspiração foi importante, mas também muito difícil: estava em causa escolher uma imagem com sentido, mas também fácil de trabalhar com caracteres tipográficos. Assim sendo, apostamos numa imagem onde pudessem ser conciliados caracteres de grandes e pequenas dimensões (para enriquecer a composição) e que nos permitisse, através das cores e de outros pormenores, jogar e transmitir a mensagem que estava em causa. 
Para além desta dificuldade, a própria fonte e o jogo com o seu tamanho foi também algo bastante pensado. Seria impensável numa composição deste cariz utilizar tipos de letra “divertidos” ou “infantis”, porque isso iria fazer com que nos afastássemos do tema. Perante isso, foi então preciso encontrar tipos de letra mais sérios, com o tamanho adequado à frase/mensagem que lhe era inerente. O título do texto (“Where is the love?”), por exemplo, achamos que seria importante escolher um tipo de letra mais preenchido e colocar num tamanho maior, de modo a enfatizá-lo não só por ser o título, mas porque é também o cerne da questão e o cerne da mensagem. 
Para concluir, e apesar de todas as dificuldades adjacentes, podemos afirmar que todo este projeto correu como planeado: foi feita uma detalhada revisão bibliográfica sobre os conceitos em questão, foram capturadas uma série de fotografias relacionadas com o tema do projeto, e, sobretudo, foi feita uma composição tipográfica que ficou visualmente e semanticamente como planeamos. 


Bibliografia/ Webgrafia

  • Mesquita, Francisco (2014) “Comunicação Visual, Design e Publicidade”, MediaXXI – Editora 
  • Kotovicz, Vinícius (2013) “Desenvolvimento de Fonte Tipográfica Digital para uso em Impressos” 
  • Macedo, Joana (2010) “Design por todos, Design by all” in https://repositorioaberto.up.pt/bitstream/10216/67364/2/23765.pdf 
  • Raposo, João (2015) “Elementos gráficos do design na editoração de Revistas Digitais” in http://conahpa.sites.ufsc.br/wp-content/uploads/2015/06/ID452_Raposo-Obregon.pdf 
  • http://euedesign.blogspot.pt/2012/02/tipografia.html
  • https://tipodesign.wordpress.com/2011/06/27/a-anatomia-dos-tipos/