quinta-feira, 11 de maio de 2017

“Infografia Estetizante frente a Infografia Analítica” (Alberto Cairo, 2008)

Alberto Cairo, baseando-se em estudos de Horn (2000), destaca o confronto constante que existe entre desenhadores gráficos e comunicadores. Na perspetiva dos autores, enquanto os desenhadores gráficos aprendem a valorizar o sentido estético, a novidade, o impacto e a expressão, os profissionais de comunicação aprendem a valorizar a necessidade do ser claro, preciso, legível, compreensível e simples. Neste sentido, um desfasamento surge no processo de tomada de decisão quanto à função prática da imagem. Se os primeiros valorizam o estético, os segundos valorizam o conteúdo e a necessidade de este ser claro. É um confronto entre o interativo e o informativo.
Posto isto, emerge referir:
  • A infografia estetizante é aquela que valoriza os aspetos da apresentação e o peso visual daquilo que é gráfico. Neste tipo de infografia, apesar de o carácter informativo ser importante, acontece frequentemente que os elementos estéticos obstaculizem a compreensão da estória.
  • A infografia analítica já evidencia um maior rigor de informação. Com a admissão de cada vez mais profissionais especializados nas redações surgiu este novo tipo de infografia que “incrementa la capacidade cognitiva de los lectores por medio de la revelación de evidencia, de mostrar aquello que permanece oculto, ya sea tras un conjunto caótico de datos, un una lista de número, o en un objeto cuya estrutura interna es excessivamente compleja” (Cairo, 2008: 29). Neste tipo de trabalhos, a dimensão estética fica para segundo plano e é uma consequência da qualidade e claridade da informação.
Apesar desta divisão, Alberto Cairo afirma que estes são dois conceitos teóricos e que é arriscado aplicá-los de forma direta a trabalhos concretos ou a meios de comunicação específicos.

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