“Infografia” deriva da palavra anglo-saxónica “infographics”
que, por sua vez, derivou da expressão “graphic information”. Esta tornou-se
viral desde a informatização das redações jornalísticas dos finais dos anos 80
e inícios dos anos 90 do século passado, na sequência da necessidade de tornar
os jornais mais apelativos. Apesar da sua generalização aquando da difusão do
computador, “as suas origens remontam a tempos muito recuados, podendo até
indicar-se a pré-história como sendo a época do seu nascimento”. (Mesquita,
2014: 99) Nesta época, “we have been using icons, graphics, and pictures
throughout history to tell stories, share information, and build knowledge”
(Mark Smiciklas, 2014: 6).
Apesar da dificuldade em encontrar uma definição
suficientemente forte, ampla e rigorosa que elucide de forma explícita o que é realmente
uma infografia, é possível afirmar-se que, para além de se tratar de uma “representación
diagramática de datos” (Cairo, 2008: 21), a infografia se refere a todo o
processo de “combinação de desenhos com textos que se expressa numa linguagem
visual” (Mesquita, 2014: 102) organizada. Valero Sancho define a infografia de
uma forma mais extensa, dizendo que se trata de uma
“aportación
informativa, elaborada en el periódico escrito, realizada com elementos
icónicos y tipográficos, que permite o facilita la comprensión de los
acontecimentos, acciones o cosas da actualidad o algunos de sus aspectos más
significativos y acompanha o sustituye al texto informativo”
Denotando o detalhe desta afirmação, mas reconhecendo-lhe
algumas falhas, Alberto Cairo revela que, para que se possa definir uma
infografia como tal não é necessário que esta se encontre publicada num jornal ou
que contenha elementos tipográficos.
Já Mark Smiciklas afirma que a infografia “is a type of
picture that blends data with design, helping individuals and organizations
concisely communicate messages to their audience” (Smiciklas, 2014: 3).
Posto isto, torna-se emergente destacar que uma composição infográfica
se resume, em primeiro plano, à existência de um diagrama, uma “representación
abstracta de una realidad” onde a imagem se sobrepõe ao carácter massudo do
texto.
Sendo o carácter tipográfico reduzido ou até mesmo
inexistente, importa encontrar estratégias de modo a que o destinatário
compreenda a informação de forma clara e dinâmica. Para isso, a infografia não
deve ser executada “de uma forma muito elaborada aos nossos olhos, mas num
registo adequado aos objetivos” (Mesquita, 2014: 99) do texto, da mensagem, de
quem a produz e a quem ela se destina.
Em suma, é fulcral que, no momento de construção, se tenha
consciência de que, mais do que um
sentido estético, “a infografia tem um carácter profundo de utilidade e contém
características visuais” (Mesquita, 2014: 102) que se debruçam sobre a realidade e sobre “dados frios” (Cairo,
2008) o que obriga uma representação
clara, descomplexada e percetível.
Francisco
Mesquita (2014) no seu livro “Comunicação Visual, Design e Publicidade” elencou
as seguintes características infográficas:
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