quinta-feira, 11 de maio de 2017

A Infografia - Definições, história e característica

“Infografia” deriva da palavra anglo-saxónica “infographics” que, por sua vez, derivou da expressão “graphic information”. Esta tornou-se viral desde a informatização das redações jornalísticas dos finais dos anos 80 e inícios dos anos 90 do século passado, na sequência da necessidade de tornar os jornais mais apelativos. Apesar da sua generalização aquando da difusão do computador, “as suas origens remontam a tempos muito recuados, podendo até indicar-se a pré-história como sendo a época do seu nascimento”. (Mesquita, 2014: 99) Nesta época, “we have been using icons, graphics, and pictures throughout history to tell stories, share information, and build knowledge” (Mark Smiciklas, 2014: 6).
Apesar da dificuldade em encontrar uma definição suficientemente forte, ampla e rigorosa que elucide de forma explícita o que é realmente uma infografia, é possível afirmar-se que, para além de se tratar de uma “representación diagramática de datos” (Cairo, 2008: 21), a infografia se refere a todo o processo de “combinação de desenhos com textos que se expressa numa linguagem visual” (Mesquita, 2014: 102) organizada. Valero Sancho define a infografia de uma forma mais extensa, dizendo que se trata de uma
“aportación informativa, elaborada en el periódico escrito, realizada com elementos icónicos y tipográficos, que permite o facilita la comprensión de los acontecimentos, acciones o cosas da actualidad o algunos de sus aspectos más significativos y acompanha o sustituye al texto informativo”
Denotando o detalhe desta afirmação, mas reconhecendo-lhe algumas falhas, Alberto Cairo revela que, para que se possa definir uma infografia como tal não é necessário que esta se encontre publicada num jornal ou que contenha elementos tipográficos.
Já Mark Smiciklas afirma que a infografia “is a type of picture that blends data with design, helping individuals and organizations concisely communicate messages to their audience” (Smiciklas, 2014: 3).
Posto isto, torna-se emergente destacar que uma composição infográfica se resume, em primeiro plano, à existência de um diagrama, uma “representación abstracta de una realidad” onde a imagem se sobrepõe ao carácter massudo do texto.
Sendo o carácter tipográfico reduzido ou até mesmo inexistente, importa encontrar estratégias de modo a que o destinatário compreenda a informação de forma clara e dinâmica. Para isso, a infografia não deve ser executada “de uma forma muito elaborada aos nossos olhos, mas num registo adequado aos objetivos” (Mesquita, 2014: 99) do texto, da mensagem, de quem a produz e a quem ela se destina.
Em suma, é fulcral que, no momento de construção, se tenha consciência de que, mais do que um sentido estético, “a infografia tem um carácter profundo de utilidade e contém características visuais” (Mesquita, 2014: 102) que se debruçam sobre a realidade e sobre “dados frios” (Cairo, 2008) o que obriga uma representação clara, descomplexada e percetível.

Francisco Mesquita (2014) no seu livro “Comunicação Visual, Design e Publicidade” elencou as seguintes características infográficas:


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