sexta-feira, 31 de março de 2017

Tipografia versus tipologia

Segundo Ambrose e Harris (2009):

  • a tipografia é o “o meio pelo qual uma ideia escrita recebe uma forma visual, podendo produzir um efeito neutro ou despertar paixões, simbolizar movimentos artísticos, políticos, filosóficos ou exprimir a personalidade de uma pessoa ou organização”.
  • a tipologia consiste no estudo de um tipo (família ou fonte), onde são analisadas as suas características de modo a serem aplicadas coerentemente num determinado texto, de forma cuidadosa e planeada, tornando-o harmonioso em todo o conjunto. 

Breve Contextualização: Evolução Histórica da Tipografia

Iniciamos a nossa viagem com uma breve contextualização histórica acerca da tipografia, sendo necessário realçar que o nascimento desta  “remonta à antiguidade e tem evoluído ao longo dos tempos” (Mesquita, 2014:60). Trata-se de um conjunto de “signos” que permitiu ao Homem perpetuar as suas ideias, para além do espaço e do tempo” (Mesquita, 2014:60) e de um código universal que favorece a comunicação numa dimensão global.

Fases históricas:
  • Num primeiro momento, ganhou expressão com a escrita cuneiforme dos sumérios e, mais tarde, com a escrita pictograma dos egípcios onde “cada pictograma (desenho) representa(va) um objeto, animal ou pessoa” (Mesquita, 2014:60).
  • Surgimento do alfabeto fenício de 22 “signos”.
  • “Os gregos adotaram os caracteres fenícios e adicionaram-lhes outros, tais como o alfa e o beta” (Mesquita, 2014:61).
  • Intervenção romana: o alfabeto reconheceu a sua forma atual (com 52 letras: 26 de caixa alta e 26 de caixa baixa).
  • Gutenberg e o seu primeiro sistema de impressão fez com que a tipografia reconhecesse um extraordinário impulso.

“O acontecimento protagonizado por Gutenberg marcará o início da produção em massa do livro. Um nova era começa.” (Mesquita, 2014:61)

  • Revolução Industrial: permitiu um aceleramento do processo de impressão e uma produção em massa de caracteres.
  • Era digital (finais do século XX): trouxe “uma revolução sem precedentes na indústria da criação dos tipos” (Mesquita, 2014: 62).

quarta-feira, 29 de março de 2017

Este texto porquê?

            Perante a iminência da escolha de um texto para servir como base da composição tipográfica, várias ideias foram surgindo. Ainda assim, após algum debate, decidimos optar por um texto com uma intervenção social de forma a que também o nosso projeto final se tornasse uma composição visual com uma mensagem a transmitir.
            Perante este propósito, a música “Where is the love?” dos Black Eyed Peas foi a nossa escolha. Tratando-se de uma música do ano de 2009, achamos curioso o facto de, ainda hoje, e cada vez mais, se perpetuarem lutas do mesmo cariz.
            Assim sendo, procuraremos, através da escrita de várias expressões e palavras chave, demonstrar o terror associado ao terrorismo e fazer com a que as pessoas se questionem “onde está o amor?”

terça-feira, 28 de março de 2017

Texto Escolhido

Where is the love? 

Black Eyed Peas


What's wrong with the world, mama

People livin' like they ain't got no mamas
I think the whole world addicted to the drama
Only attracted to things that'll bring you trauma
Overseas, yeah, we try to stop terrorism
But we still got terrorists here livin'
In the Usa, the big Cia
The Bloods and The Crips and the Kkk
But if you only have love for your own race
Then you only leave space to discriminate
And to discriminate only generates hate
And when you hate then you're bound to get irate, yeah
Badness is what you demonstrate
And that's exactly how anger works and operates
Nigga, you gotta have love just to set it straight
Take control of your mind and meditate
Let your soul gravitate to the love, y'all, y'all


People killing, people dying
Children hurt and you hear them crying
Can you practice what you preach?
And would you turn the other cheek

Father, Father, Father help us
send us some guidance from above
'Cause people got me, got me questioning
Where is the love

Where is the love (x4)

It just ain't the same, always unchanged
New days are strange, is the world insane
If love and peace is so strong
Why are there pieces of love that don't belong
Nations droppin' bombs
Chemical gasses fillin' lungs of little ones
With the on going suffering as the youth die young
So ask yourself is the loving really gone
So I could ask myself really
what is going wrong
In this world that we livin' in
people keep on giving in
Making wrong decisions, only visions of them dividends
Not respecting each other, deny thy brother
A war is going on but the reason's undercover
The truth is kept secret,
it's swept under the rug
If you never know truth
then you never know love
Where's the love, y'all, come on (I don't know)
Where's the truth, y'all, come on (I don't know)
Where's the love, y'all

People killing, people dying
Children hurt and you hear them crying
would you practice what you preach
or would you turn the other cheek

Father, Father, Father help us
send us some guidance from above
'Cause people got me, got me questioning
Where is the love

Where is the love (x4)

I feel the weight of the world on my shoulder
As I'm getting older, y'all, people gets colder
Most of us only care about money making
Selfishness got us followin' in the wrong direction
Wrong information always shown by the media
Negative images is the main criteria
Infecting the young minds faster than bacteria
Kids act like what they see in the cinema
Yo', whatever happened
to the values of humanity
Whatever happened
to the fairness in equality
Instead in spreading love we spreading animosity
Lack of understanding,
leading lives away from unity
That's the reason why sometimes I'm feeling under
That's the reason why sometimes I'm feeling down
There's no wonder why sometimes I'm feeling under
Gotta keep my faith alive till love is found

Father, Father, Father help us
send us some guidance from above
'Cause people got me, got me questionin'
Where is the love (Love)

Where is the love (The love) (x3)


Introdução à Segunda Proposta

Após a primeira proposta, um novo desafio se avizinha e a tipografia é a próxima paragem nesta viagem pelo mundo do Design e da Comunicação Visual.
Nesta proposta, em primeiro lugar, começaremos por fazer uma breve contextualização teórica onde serão dadas as definições de composição gráfica e composição tipográfica e onde será feita uma exploração relativa à estética e simbologia da letra enquanto linguagem capaz de transmitir significado e evocar emoções para além das palavras faladas.
Após esta revisão bibliográfica, procuraremos aplicar a teoria apreendida a uma composição visual tipográfica por nós criada onde a letra seja o elemento dominante. Essa composição terá como base um texto por nós selecionado, a partir do qual serão retirados excertos mais chamativos assim como determinadas palavras chave.
O objetivo primordial deste trabalho é aprofundar os conhecimentos nesta área do saber assim como compreender que a letra é mais do que um elemento estético: tem significado, sentido e gera sentimentos através do trespasse de mensagens.
Posto isto, postaremos aqui no blog toda a pesquisa, toda a inspiração, todo o processo de criação, assim como a simbologia e significância da composição final.
Esperamos e empenhar-nos-emos para o alcance de uma autossuperação constante de modo a que, no final, resulte um projeto com sentido estético e simbólico.


sábado, 18 de março de 2017

Memória Descritiva

Introdução

            A memória descritiva aqui apresentada, realizada no âmbito da unidade curricular “Design e Comunicação Visual” do curso de Ciências da Comunicação da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, tem como objetivo primordial analisar uma série de conceitos que nos foram expostos ao longo das aulas da unidade curricular e, com base nesses conceitos, elaborar a composição visual de um CD e da respetiva capa.
A composição visual é, exatamente, “uma síntese entre intelecto e emoção, entre o princípio da ordem geométrica e o da intuição” (Werner, 2015) exigindo a “distribuição harmoniosa de um conjunto de elementos visuais, em que o lugar ocupado pelas figuras, os espaços vazios que as rodeiam, as proporções, todos são importantes” (Osorio, 2012). Em suma, a composição trata-se, exatamente, do aglutinar de diversos elementos básicos (ponto, linha, forma, escala, cor, etc.) segundo variadas técnicas da comunicação visual, gerando uma composição coesa que vá ao encontro das pretensões do designer.
Perante este contexto, primeiramente, procedemos a uma minuciosa revisão bibliográfica de modo a que compreendêssemos os conceitos e depois passássemos à prática com base em recursos sólidos. Nessa pesquisa, fizemos um levantamento e uma descrição dos diversos elementos de comunicação visual, assim como das respetivas técnicas. Assim sendo, toda essa descrição está devidamente exposta no nosso blog, também ele criado no âmbito da unidade curricular.
            Após esta pesquisa, procedeu-se então à composição do CD e da respetiva capa, elaborados com base na escolha de uma música por nós selecionada, onde foram aplicados os elementos e as técnicas de comunicação visual previamente estudadas.


Música Escolhida

Para a realização deste projeto, como foi anteriormente mencionado, foi necessário escolher uma música de modo a que, a partir dessa, fosse possível elaborarmos um CD e a respetiva capa. De uma lista de músicas vasta e após debates constantes, “Take Your Time”, música de Sam Hunt, foi a nossa escolha; e foi a nossa escolha por vários motivos.
Em primeiro lugar, um dos aspetos que nos levou à escolha da música foi a conjugação do ritmo, da melodia, da letra e da própria interpretação que o artista desenvolveu, gerando um resultado capaz de unir um pouco da música R&B e da música country originando um projeto que, na nossa opinião, ficou bastante coeso.
Por outro lado, tratando-se o nosso trabalho da composição da capa de um CD, apercebemos-mos da necessidade de esta corresponder aos gostos do público. E foi esse outro dos aspetos que nos conduziu até à escolha desta música: tratando-se do primeiro single do álbum e, simultaneamente, da música com um maior número de visualizações, é nos possível afirmar que esta foi, de facto, a música que o artista mais privilegiou, mas também, e por outro lado, a música com a qual os ouvintes mais se identificaram.          
Contudo, e focando-nos mais na nossa tarefa e naquilo que ela nos exigia, a escolha desta música prendeu-se ainda com outra razão: a sua história. Esta, para além de transmitir uma mensagem bastante assertiva, fez-nos suscitar desde logo vários sentimentos que, traduzidos para a prática, poderiam dar origem a elementos visuais interessantes, o que viria facilitar o nosso trabalho e gerar um design mais apelativo. 

Interpretação da Música

Todo o enredo se desenvolve em torno de um jovem que deambula pela vida da mulher que ama mesmo sem a conhecer, ansiando um dia partilhar a sua vida com ela. Essa mesma mulher é vítima de violência doméstica por parte do seu marido e a atitude passiva do cantor tornou-se um prazer para ele, e viria a constituir-se como a salvação dela.
Desde os primeiros versos, o cantor e protagonista da história dá a entender a paixão que sente pela mulher que procura salvaguardar (“My heart is pounding…”), uma mulher (“girl”) de olhar intimidante (“Your eyes are so intimidating”) e de sorriso cativante (“You probably smile like that all the time”). Contudo, ao não se conhecerem (“you don’t know me”), trata-se de um amor de certa forma não correspondido.
Ainda assim, toda a letra da música se trata de uma declaração de amor, respeito e proteção, em que o jovem admite que quer fazer dela uma mulher feliz, não pretendendo retirar-lhe qualquer tipo de liberdade, nem querendo assumir um papel opressivo onde as liberdades individuais não são respeitadas.
Na sequência deste parecer, o cantor apresenta então o seu mote de partida que será reforçado sistematicamente ao longo da narrativa através do verso “I just wanna take your time”: o desejo de apenas consumir um pouco do tempo da jovem, não para a reprimir, mas sim para lhe dar aquilo que o seu companheiro não lhe dava.
            É de salientar ainda que a música chama a atenção para a beleza da mulher que cativa o sexo oposto, em que o cantor mostra, mais uma vez, o seu carácter carinhoso, mas demonstrando em simultâneo o seu carácter de certa forma paternal, preocupado com a sua amada (“And some guys getting too close/ Trying to pick you up/ Trying to get you drunk”).
Apesar de tudo isto, consoante a história se vai desenrolando, o cantor dá a entender que, finalmente, os protagonistas se cruzam, despertando assim a curiosidade do público para um eventual envolvimento (“But you're still here/ And I'm still here/ Come on let's see where it goes”).

Composição Visual


Fase Pré Produção

A fase pré-produção faz referência a todo o processo de inspiração, assim como de recolha de informação (denominado por fase exploratória). Procurando sempre ser fiel à letra e à história da música selecionada, ficou decidido expor na capa do CD um casal que representasse os protagonistas da música.
Estabelecido o conceito da capa, numa 1ª fase, iniciámos um processo de recolha de material de inspiração que se concretizou na seleção de imagens em diferentes plataformas digitais, tais como: Instagram, Pinterest, Tumblr. É de salientar que todas as imagens pesquisadas manifestam um padrão de semelhança entre si, ou seja, todas retratam um casal apaixonado. Destacámos, ainda, que algumas das imagens recolhidas exibem um outro elemento (a guitarra) que, por sua vez, se revela como um elemento marcante na nossa composição, surgindo como um elemento apaziguador e harmonioso.

Material Recolhido







Posteriormente, numa 2ª fase, decidimos realizar um ensaio fotográfico de modo a garantir que o conceito do projeto fosse respeitado e a mensagem da música fosse transmitida.
Após a realização da sessão, iniciámos um processo de seleção das fotografias que maior concordância revelassem com o conceito da nossa capa e do CD. Como se pode observar, as duas imagens expostas são as duas fotografias selecionadas.



Após todos os parâmetros e detalhes serem estabelecidos, partimos, então, para a construção e edificação do projeto.

Composição e simbologia do CD e respetiva Capa

Após a análise e interpretação da música e depois da fase exploratória anteriormente evidenciada, tornou-se imperativo começar a composição visual. Depois de variadas tentativas, o resultado final foi o seguinte: 



Para compormos estas imagens, procuramos, sobretudo, ser fieis à letra da música (cuja letra e tradução se encontram devidamente publicadas no nosso blog), ao seu videoclip e à sua história, mas procuramos sobretudo transmitir os sentimentos que a música transmitia. Assim sendo, e para que essa correspondência seja bem entendida, fizemos a seguinte tabela de modo a que pudéssemos fazer corresponder as sensações que a música transmite aos elementos patentes na composição visual produzida.


Análise da Capa do CD

Fazendo jus à história retratada na música, o objetivo da composição visual da capa do CD passa exatamente por representar um homem que deambula pela cidade com uma guitarra na mão protegendo uma mulher que ele não conhece, mas que ama. Em suma, a capa deve funcionar, por si só, como uma narrativa da história, apresentada de forma gráfica através da utilização de elementos básicos aliados a minuciosas técnicas de comunicação visual.
Utilizando uma das imagens por nós capturada e apresentada na fase da pré produção, foram feitos os contornos das figuras humanas. Essas, a olhar para lados opostos, simbolizam o desencontro quer físico quer emocional das personagens. As duas figuras encontram-se ainda fragmentadas através de linhas e formas pretas, que representam as quebras emocionais, o obscuro e o desconhecido. Por fim, e apenas como pormenor, achamos que seria mais realista representar a figura masculina com a guitarra que o acompanha ao longo do videoclip demonstrando que a música é a sua companheira enquanto ele vagueia pela cidade.

Na capa do CD, ao centro, foi também usada uma mancha de tinta, propositadamente em forma de coração, representando o amor escondido pela figura masculina. Esta mancha, imitando o efeito de aguarela, simboliza a intensidade e a explosão de sentimentos, reforçado com a cor vermelha que representa, em simultâneo, o amor sentido pela figura masculina, mas também a violência, da qual a figura feminina é vitima. A alternância de tons de cor representa também o misto de emoções vividas.

Análise do CD

            Na criação do CD procuramos, sobretudo, criar um fio condutor com a capa já criada, mas sem nunca desrespeitar a música em que nos baseamos.
Nesse sentido, tal como na capa, também no CD foi feito o contorno de um dos elementos mais marcantes no videoclip: desta vez, a guitarra. A representação desta faz todo o sentido na medida em que é um elemento que acompanha a personagem ao longo da história. Sobre a guitarra, vêm-se duas mãos dadas e este é outros elementos fundamentais nesta composição. O dar das mãos simboliza a união, o companheirismo, o cuidado, o respeito, a cumplicidade, a amizade, o amor, a confiança. Em suma, representam uma forma amistosa de se comunicar. Mesmo não se conhecendo, a figura masculina protege incansavelmente a figura feminina, amparando-a e protegendo-a.
Por fim, o fundo surge liso, todo preto, para demarcar a solidão e o medo. A ausência de luz transmite a ausência de felicidade, contrastando com as cores vibrantes da capa que transmitem o amor.

Elementos e Técnicas de Comunicação Visual Empregues

Para além de toda a simbologia patente nas composições visuais, o objetivo primordial do trabalho foi também cumprido: dar uso aos elementos de comunicação visual e às respetivas técnicas previamente analisadas aquando da contextualização teórica.
A linha é, claramente, o elemento de comunicação mais patente. Esta, segundo a perspetiva de Donis A. Dondis (2003), quer seja usada com flexibilidade ou com precisão, é o “instrumento fundamental da pré visualização”, contribuindo assim de forma significativa para o processo de perceção visual. Posto isto, apresentando-se, em partes, imprecisa e indisciplinada, mas noutras, delicada e rigorosa contribuiu para a atribuição de formas, mas também para o alcance de volume em formas que assim o pediam (como, por exemplo, a guitarra patente no CD).
O ponto, enquanto “elemento mínimo da comunicação” (Mesquita, 2014: 16) resultante do “primeiro encontro do utensílio com a superfície material” (Kandinsky, 1996:38), foi igualmente estruturante para a composição visual. Este, apesar de ser extremamente simples, exerce sobre o recetor da mensagem visual um poder de atração.
Apesar de não ter sido utilizado por nós com tanta constância, este elemento foi igualmente útil na medida em que nos permitiu, desde logo, criar a forma do CD, assim como pormenorizar alguns detalhes (como a guitarra, por exemplo).
A forma é, indubitavelmente, outro dos elementos mais marcantes na nossa composição visual. Alternando formas geométricas, orgânicas e aleatórias, estas foram um dos elementos chave para a construção da composição, contribuindo assim para a sua estrutura e identidade.
Por sua vez, a justaposição de tons, isto é, o jogo entre a “intensidade da obscuridade ou claridade” (Dondis, 2003: 61) gera um jogo de tonalidades que nos permite distinguir os vários vermelhos existentes na composição. Essas “variações de luz ou de tom são os meios pelos quais distinguimos oticamente a complexidade da informação visual do ambiente” (Dondis, 2003: 61), gerando, de certa forma, uma espécie de textura implícita dentro do coração, conferindo-lhe dinamismo.
Por fim, a cor, também ela associada à luz, “está, de facto, impregnada de informação e é uma das mais penetrantes experiências visuais” (Dondis, 2003: 64). Para além de ser um elemento estético extremamente marcante, é também um elemento que comunica algo positivo ou negativo, contribuindo fortemente para a perceção e “leitura” da mensagem visual projetada pelo emissor.
Posto isto, a conjugação devidamente estruturada entre a matriz, a luminosidade e a saturação conduz-nos leva-nos até à cor pretendida, carregada de simbologia.
No nosso projeto em específico, a cor surge construindo uma espécie de analogia com os sentimentos transpassados pela composição musical. A conjugação entre o vermelho, o preto e o branco resultam como uma aglutinação entre o amor e, contrariamente, a violência que se faz sentir ao observar o videoclip, tal como foi referenciado no quadro das emoções anteriormente retratado.
Ainda assim, o uso e conhecimento destes elementos por si só não são suficientes para que seja possível realizar, de forma clara, uma “descodificação da mensagem pelo recetor que vá de encontro ao que o emissor quis dizer” (Mesquita, 2014: 15). Para que isso seja feito de forma eficaz, é indispensável o domínio de uma série de regras orientadoras, habitualmente designadas como “Técnicas de Comunicação Visual”.
No nosso projeto, houve sempre a preocupação de aliar, sempre, diversas técnicas de modo a gerar um resultado coeso, com significado e que pudesse então ser lido por quem o observa. Assim sendo, e analisando agora o processo final, manifestam-se técnicas como a regularidade (visível, por exemplo, nos fios da guitarra), o equilíbrio (obtido pela distribuição equilibrada e estratificada dos elementos), a profundidade (presente na guitarra do CD, bem como, nas caras dos protagonistas), a fragmentação dos corpos dos protagonistas, assim como outros não tão vincados como neutralidade, a opacidade, a agudeza e a justaposição, visível não só na variação das tonalidades de cores presentes no coração, mas também, na sobreposição de dois elementos (como a figuras humanas e o coração).
Posto isto, e como foi referido até então, são diversos os elementos básicos da comunicação visual e múltiplas as técnicas de os conjugar. Perante esta complexidade, “a nossa mente tende a agrupar elementos com características comuns, formando unidade visuais” (Mesquita, 2014: 35), sempre na busca de simplificação e compreensão da mensagem a ser compreendida.
Perante isto, as Leis de Gestalt – ou Princípios de Gestalt -  são formas naturalmente, biologicamente e neurologicamente encontradas pelo cérebro humano para resolver o problema da complexidade criada através das formas visuais.
De forma sintetizada, na nossa composição podemos verificar a lei do fechamento, afirmando que “o nosso cérebro tem a tendência de preencher certas falhas existentes, levando-nos a formar (fechar) determinados contornos” (Mesquita, 2014: 36), patente, por exemplo, em algumas linhas incompletas dos contornos humanos, a lei da proximidade, uma vez que “os objetos mais próximos entre si são percebidos como grupos independentes dos mais distantes, formando unidades visuais” (Mesquita, 2014: 37), a lei da similaridade/semelhança, uma vez que “os objetos gráficos tendem a agrupar-se quando têm características semelhantes” (Marinho, 2014: 36) e, por fim, a lei da figura-fundo uma vez que o fundo permite destacar os elementos que se sobrepõe, tanto na capa, como no CD.

Conclusão e Discussão do Resultado Final

Salientámos, desde já, o nosso agrado na concretização deste projeto, bem como, sobre o resultado final. Considerámos que todos os objetivos foram cumpridos com sucesso uma vez que tanto no blog “Design View”, por nós criado, como no projeto final, abordámos todos os tópicos pretendidos e orientámos a nossa atenção de forma a estabelecer um paralelismo entre a teoria e a prática.
De todas as fases subjacentes à concretização do projeto, é de salientar que o processo de construção foi o mais demorado e complicado, constituindo, deste modo, uma das nossas maiores fragilidades. Tal facto não está, de todo, relacionado com a má aplicação ou entendimento da ferramenta - o Illustrator - ou até pela escassez de ideias, mas sim, pela dificuldade em conjugar as cores com os elementos presentes. Tudo isto originou a criação exaustiva de amostras que, de certo modo, permitiram um enriquecimento do trabalho. 
Contudo, apesar deste contratempo, só temos a reforçar pontos positivos ao nosso trabalho como: a singularidade e diferenciação na medida em que procurámos realizar algo 100% nosso através, por exemplo, do ensaio fotográfico protagonizado. Por outro lado, estabelecemos também como ponto positivo o facto de tanto a capa como o CD ser manifestada uma concordância com a música.
            Por fim, analisando o trabalho desenvolvido no nosso blog, destacámos a boa organização do mesmo, bem como a exposição contínua e minuciosa dos conteúdos teóricos e de todas as fases do projeto prático. 



terça-feira, 14 de março de 2017

Fase exploratória: Experiências








Inspiração


Todo o processo de inspiração revela ser importante para a idealização de um projeto. E o nosso não foi exceção à regra. Numa 1ª fase, procedemos à recolha de material que pudesse servir de inspiração para o projeto e, após uma análise criteriosa selecionámos um conjunto de imagens que, de certo modo, serviram de base para a construção da capa e do cd.










Conceito de Composição


"A disposição da minha pintura tende inteiramente para a expressão pela composição. O lugar ocupado por figuras e objetos, os espaços vazios que o cercam, as proporções, tudo tem seu papel".
Matisse
Qualquer que seja a situação do quotidiano, compor implica distribuir, unir e conjugar diversos elementos formando um todo coeso.
            Neste sentido, a composição visual exige a “distribuição harmoniosa de um conjunto de elementos visuais, em que o lugar ocupado pelas figuras, os espaços vazios que as rodeiam, as proporções, todos são importantes” (Osorio, 2012). Em suma, este conceito trata-se, exatamente, do aglutinar de diversos elementos básicos (ponto, linha, forma, escala, cor, etc.) segundo variadas técnicas da comunicação visual, gerando uma composição coesa que vá ao encontro das pretensões do designer.
            Dentro do conceito, há ainda que destacar a importância da criatividade. Esta, unida ao conhecimento básico fundamental, permitirá produzir algo irreverente, mas também encontrar soluções para problemas que possam surgir à medida que a composição vai sendo levada a cabo.
            Para concluir, é então possível afirmar que “a composição corresponde a uma síntese entre intelecto e emoção, entre o princípio da ordem geométrica e o da intuição. Ao mesmo tempo que a composição restringe - dada a sua rigidez - cabe ao artista a adequação da estrutura à expressividade que tem em mente (Werner, 2015).

Leis de Gestalt



            A perceção visual de Gestalt (“forma global”) surgiu na Alemanha no decorrer da década de 20 do século passado. Este conceito está, segundo Mesquita (2014), “relacionado com a criação de formas mentais na perceção de determinada composição visual, de acordo com certos princípios” (Mesquita, 2014: 35).

            Como foi referido até então, são diversos os elementos básicos da comunicação visual e múltiplas as técnicas de os conjugar. Perante esta complexidade, “a nossa mente tende a agrupar elementos com características comuns, formando unidade visuais” (Mesquita, 2014: 35), sempre na busca de simplificação e compreensão da mensagem a ser compreendida.

            Perante isto, as Leis de Gestalt – ou Princípios de Gestalt -  são formas naturalmente, biologicamente e neurologicamente encontradas pelo cérebro humano para resolver o problema da complexidade criada através das formas visuais que, passado quase um século após a criação destas leis, elas continuam atuais, mantendo-se ainda “com um valor inestimável para as artes visuais e particularmente para o design gráfico” (Mesquita, 2014:36).
            Perante isto, cabe-nos agora discriminar estas leis. Apesar de não haver um consenso extremamente claro e indiscutível entre elementos, referenciaremos aquelas que há maior consenso e que são mais referenciadas. Há ainda que destacar que em cada uma destas leis e nos exemplos a elas associadas verificam-se outras leis em simultâneo uma vez que há uma forte relação entre todas elas. Assim sendo, analisaremos: a Unidade, o Fechamento, a Continuidade, a Proximidade, a Similaridade/ Semelhança, a Pregnância/Simplicidade, e, por fim, a Figura-Fundo.

  • Unidade
A Lei da Unidade diz respeito à conceituação de um elemento que pode ser construído por uma única parte, ou, por sua vez, por várias partes que, em conjunto, constroem um todo.



  • Fechamento
            Segundo esta lei, a organização dos elementos de comunicação visual organizam-se de tal forma que, quando ose olha para a composição, há tendência para completar linhas ou formas. Isto significa que, segundo esta lei, “o nosso cérebro tem a tendência de preencher certas falhas existentes, levando-nos a formar (fechar) determinados contornos” (Mesquita, 2014: 36).


  • Continuidade
              Apresenta-se como complementar à lei do fechamento. Retrata a fluidez da composição e verifica-se quando há uma continuação de elementos, gerando uma ordem harmónica desde o inicio até ao fim. A aplicação desta lei é verificada em frases, palavras, paletas cromáticas da mesma cor, etc.


  • Proximidade
            Segundo Mesquita, nesta lei “os objetos mais próximos entre si são percebidos como grupos independentes dos mais distantes, formando unidades visuais” (Marinho, 2014: 37). Isto significa que o nosso cérebro tende a agrupar determinados elementos, assimilando-os como se fossem um todo separável de outro todo, apenas porque estão mais próximos de uns elementos visuais do que de outros.


  • Similaridade/Semelhança
            Segundo esta lei, “os objetos gráficos tendem a agrupar-se quando têm características semelhantes” (Marinho, 2014: 36), semelhança essa que constituirá a marca visual. Neste sentido, a parecença entre os diversos elementos, seja a nível da cor, da forma, da textura, etc., gerará a tendência para construir unidades e estabelecer assim, visualmente, um conjunto de partes semelhantes.

  • Pregnância/Simplicidade
            Tal como o nome indica, esta lei pressupõe que quanto mais simples for uma composição visual, mais fácil será de descodificar o seu conteúdo e, inerentemente, a sua mensagem. Perante isto, a harmonia e o equilíbrio visuais são os seus pressupostos base fundamentais e, por o serem, é possível afirmar que esta é uma das leis mais relevantes e que mais deve ser tida em conta.


  • Figura-Fundo
            Também conhecida como a lei do “negativo-positivo”, esta lei procura destacar um determinado elemento (ou composição) do seu fundo. Esta relação é extremamente importante na medida em que vai permitir destacar, ou, por sua vez, amenizar determinada figura. Assim sendo, deve ser minuciosamente ponderada, de modo a que não se obtenha um resultado distinto do pretendido.


            





Técnicas de Comunicação Visual



“As imagens converteram-se, então, em escrita, que fixava de tal maneira o pensado e o falado, que o representava uma e outra vez sem limitações, que fazia possível a leitura”.

Perante toda a identificação e distinção entre os vários elementos básicos da comunicação visual anteriormente discriminados, é nos possível afirmar que estes são, de facto, a base da imagem e a base da composição visual, dinamizando todo o processo de comunicação.
Ainda assim, o uso e conhecimento destes elementos por si só não são suficientes para que seja possível realizar, de forma clara, uma “descodificação da mensagem pelo recetor que vá de encontro ao que o emissor quis dizer” (Mesquita, 2014: 15). Para que isso seja feito de forma eficaz, é indispensável o domínio de uma série de regras orientadoras. Essas regras, habitualmente denominas como “Técnicas da Comunicação Visual” não devem limitar a criatividade do designer, mas sim orientá-lo no seu processo de criação.
Tal como Mesquita mencionou (2014), uma analogia que expressa na perfeição a realidade deste efeito é a culinária. “Não basta termos os ingredientes para cozinhar um bom prato. Existe todo um conhecimento e um ritual de preparação que um bom cozinheiro domina e que faz a diferença no resultado final, comparativamente com um simples curioso da cozinha” (Mesquita, 2014: 15).
Neste sentido, analisaremos daqui em diante essas mesmas técnicas de comunicação visual. Assim, para que haja um fio condutor entre conteúdos, também nesta secção serão utilizadas as técnicas mencionadas por Donis A. Dondis, no ano de 1991: equilíbrio/ instabilidade, simetria/ assimetria, regularidade/ irregularidade, simplicidade/ complexidade, unidade/fragmentação, economia/profusão, minimização/ exagero, previsibilidade/ espontaneidade, atividade/ estase, sutileza/ ousadia, neutralidade/ ênfase, transparência/opacidade, estabilidade/variação, exatidão/ distorção, planura/ profundidade, singularidade/ justaposição, sequencialidade/ acaso, agudeza/ difusão e repetição/episodicidade.

Equilíbrio/ Instabilidade

A obtenção do equilíbrio é um dos princípios mais importantes da vida humana e, inerentemente, da comunicação visual. Este ocorre quando “existe uma compensação entre todas as forças envolvidas na composição e quando o peso visual está devidamente distribuído pelo espaço” (Mesquita, 2014: 39). Pelo contrário, a instabilidade refere-se à ausência de equilíbrio, ou seja, quando algum elemento da imagem é visualmente mais pesado e denso.

Simetria/ Assimetria
A simetria é uma das formas de se obter o equilíbrio. Trata-se de “uma formulação visual totalmente resolvida, em que cada unidade situada de um lado de uma linha central é rigorosamente repetida do outro lado” (Dondis, 2015: 142), contrariamente à assimetria em que os dois lados dessa linha imaginária não coincidem.



Regularidade/ Irregularidade
A regularidade, numa linguagem característica do design, implica o desenvolver de uma espécie de sequência, cuja ordem se baseia “em algum princípio ou método constante e invariável” (Dondis, 2015: 143). Por sua vez, a irregularidade é inesperada e não obedece a nenhuma estrutura sequencial devidamente organizada.



Simplicidade/Complexidade
A simplicidade trata-se de uma técnica visual livre de elementos muito densos, onde reina, essencialmente, a elementaridade. Por sua vez, a complexidade implica a existência de diversos elementos de comunicação em simultâneo, frequentemente sobrepostos. Deste processo resulta uma difícil interpretação por parte do recetor, isto é, um “difícil processo de organização do significado” (Dondis, 2015: 144).


Unidade/ Fragmentação
Tal como a denominação assim indica, a unidade é a associação de diversas unidades que, juntas, harmonizam-se de tal forma como criam uma única unidade completa.  Por sua vez, a fragmentação é exatamente o processo inverso, isto é, trata-se da segmentação de uma unidade em diversos elementos que podem relacionar-se entre si, mas que assumem de forma individual a sua identidade.




Economia/ Profusão
A economia trata-se de uma disposição visual moderada e organizada, onde os elementos da comunicação visual são devidamente pensados, de modo a que não se caia num exagero. Literalmente, é feita uma economia dos elementos, enfatizando, segundo Dondis (2015), o conservadorismo e a pobreza. Pelo contrário, a profusão é carregada de detalhe, associando-se então à riqueza da composição.

Minimização/ Exagero
O único aspeto que distingue estas duas técnicas das técnicas anteriores é, exclusivamente, o contexto em que ocorrem uma vez que, apesar de servirem fins semelhantes esses ocorrem em diferentes contextos. A minimização procura, através de elementos de comunicação visual muito simples, captar a totalidade da concentração do recetor. Por sua vez, o exagero deve abusar de elementos de comunicação visual “ampliando a sua expressividade para muito além da verdade” (Dondis, 2015: 147).
Previsibilidade/ Espontaneidade
Tal como os termos indiciam, a previsibilidade associa-se a algo que seja passível de se adivinhar à priori, caindo assim no convencional; já a espontaneidade é uma técnica livre e aparentemente desorganizada que dá a entender que houve uma falta de planeamento.
Atividade/ Estase
A atividade associa-se ao movimento e ao dinamismo. Por sua vez, a estase remete-nos para o imóvel e para o bloqueio. Esta é feita através do equilíbrio absoluto apresentando assim um efeito de tranquilidade.


Sutileza/ Ousadia
Segundo Dondis, a sutileza é a técnica que deve ser escolhida de modo a fugir “a toda a obviedade e firmeza” (Dondis, 2015: 150). Pelo seu turno, a ousadia associa-se ao original e não vulgar, devendo o designer, por isso, “agir com audácia, segurança e confiança, uma vez que seu objetivo é obter a máxima visibilidade” (Dondis, 2015: 150).
Neutralidade/ Ênfase
Segundo Dondis, a neutralidade refere-se a uma “configuração menos provocadora de uma manifestação visual” (Dondis, 2015: 151). Contrariamente, o ênfase procura destacar um único elemento onde predomina a uniformidade de um outro elemento.
Transparência/Opacidade
A transparência implica que, perante um elemento, seja possível ver algo atrás dele, demonstrando que a sua cor não é totalmente densa e compacta. Por sua vez, a opacidade é exatamente o inverso, isto é, trata-se de uma estrutura que bloqueia totalmente aquilo que está atrás de si, sobrepondo-se.
Estabilidade/Variação
A estabilidade pressupõe, segundo Dondis, a “compatibilidade visual e desenvolve uma composição dominada por uma abordagem temática uniforme e coerente” (Dondis, 2015: 153). Já a variação implica mutações frequentes.

Exatidão/ Distorção
“A exatidão é a técnica da experiência visual e natural (…) e sua utilização pode implicar muitos truques e convenções destinados a reproduzir as mesmas pistas visuais que o olho transmite ao cérebro”. Por seu turno, a distorção deturpa o realismo, procurando desviar-se da forma regular e, em muitos casos, da própria forma real do objeto.


Planura/ Profundidade
O que rege estas duas técnicas é a presença ou ausência de perspetiva. A impressão de planura e profundidade pode ainda ser atenuada ou intensificada através do uso de efeitos de luz e sombra, com o objetivo de sugerir ou de eliminar a dimensão.

Singularidade/ Justaposição
Segundo Dondis, a singularidade “equivale a focalizar, numa composição, um tema isolado e independente, que não conta com o apoio de quaisquer outros estímulos visuais” (Dondis, 2015: 156). Pelo contrário, a justaposição exprime a interação entre diversos elementos de comunicação.




Sequencialidade/ Acaso
A sequencialidade implica uma ordem lógica formando, geralmente, uma ordem lógica. Pelo contrário, o acaso não exige a existência de nenhuma ordem especifica, pelo contrário, os elementos são apresentados, aparentemente, de forma aleatória, não sendo alvo de qualquer planeamento. 





Agudeza/ Difusão
A agudeza é conseguida através da rigidez dos contornos gerando um efeito final claro e de fácil interpretação. Contrariamente, a difusão é suave e os contornos não são vincadamente demarcados.

Repetição/ Episodicidade
A repetição exige continuidade e trata-se da “força coesiva que mantém unida uma composição de elementos díspares” (Dondis, 2015: 159). Por sua vez, “as técnicas episódicas indicam, na expressão visual, a desconexão, ou, pelo menos, apontam para a existência de conecções muito frágeis” (Dondis, 2015: 159).




Perante esta exaustiva e detalhada análise, podemos afirmar que é ampla a lista de técnicas de comunicação visual e que a sua aplicação conduzirá a um design mais estruturado, gerando mensagens visuais universais. Estas técnicas permitem, simultaneamente, orientar e clarificar o artista, auxiliando-o no seu processo criativo e executivo, na busca de uma linguagem visual por todos compreendida.